quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Liga bWin 2007/2008 - 8ª Jornada

Após 8 jornadas, o destaque vai inteirinho para o Porto. 8 jogos, 8 vitórias, 8 pontos de avanço sobre o segundo classificado (Benfica) e o melhor marcador, Lisandro Lopez, com 8 golos.

De facto, o início de época do Porto, com a saída do Pepe e a lesão do Adriano, e ainda com a derrota na Supertaça Cândido de Oliveira, frente ao Sporting, podiam pressupor uma campanha algo tremida ao longo da época.
O que é certo é que as contrariedades terminaram aí. Ou quase. Não fosse aquela insuficiente resposta dos jogadores menos utilizados frente ao Fátima, aquando da eliminação da Taça da Liga, e podia ser mesmo tudo quase perfeito.

No campeonato, a vantagem é já enorme. Seriam necessárias 2 derrotas e um empate, contando com 3 vitórias do Benfica, para que os azuis fossem apanhados no primeiro lugar. Na Liga dos Campeões, o segundo lugar do Grupo A, com 5 pontos, mais 4 que o cabeça-de-série Liverpool, deixam quase escancaradas as portas da qualificação para a fase seguinte, ainda por cima com dois dos três restantes jogos a serem jogados em casa.

O Porto não tem praticado um futebol claramente dominador, é certo que não. Não tem feito grandes espectáculos, como o fez num passado recente, também é certo. Mas nada é menos certo de que, a esta altura, a vantagem que tem sofre os seus eternos adversários é mais que suficiente para fazer esquecer tudo isso. E se contam por vitórias o número de jogos, ainda melhor. A segurança que parecem transmitir tem sido suficiente para resolver as partidas cedo e controlar depois, o que é sempre o mais desejável. A figura do momento: Lisandro Lopez. De "operário" a goleador foi um saltinho, colocando o argentino no topo do pódium dos melhores marcadores, algo que, acredito, não estaria nos seus planos mais optimistas.

Mais abaixo, temos um Benfica a subir, mas devagarinho. Também não joga bem, também não dá grande espectáculo, tendo na falta de eficácia o seu grande problema. De facto, Cardozo não tem sido o goleador que se esperava. Não considero que esteja mal, bem pelo contrário, mas não tem sido o goleador que a equipa precisa. O problema do clube encarnado é que não tem quem reme contra a maré numa altura em que o paraguaio ainda está numa fase de adaptação à forma de jogar da equipa e, principalmente, dos adversários, pois aparenta sempre sentir-se algo perdido no meio de tanta marcação.

A lesão de Petit permitiu que Gilles Binya mostrasse o porquê de ter visto cancelado por Camacho o seu empréstimo para o Estrela da Amadora. Sem ser um jogador brilhante, e pecando imensas vezes por excesso de agressividade, é um lutador incansável, com um pulmão que dura os 90 minutos e com capacidade de construir também. De resto, as boas prestações dos dois uruguaios recém-contratados, curiosamente as contratações que mais parecem ter sido feitas em cima do joelho, também têm sido bastante positivas, sendo hoje titulares indiscutíveis. No caso de Maxi Pereira, a sua titularidade ainda ganha mais destaque, uma vez que é obtida numa posição que não é a sua de origem (lateral direito), ficando de fora das contas os dois laterais de raiz do plantel, Nélson e Luis Filipe.

Abaixo dos rivais, surge o Sporting. São já 9 pontos os perdidos pelos leões, sendo que 7 deles foram fora, em 12 possíveis. Aqui sim, parece-me residir o principal problema do clube leonino. Certo que foram 2 empates e uma derrota mais ou menos "normais". Perder no Dragão, empatar na Luz e na Choupana não se pode dizer que sejam resultados péssimos mas... são esses os resultados que mudam as coisas. Algo tem de mudar e Paulo Bento parece estar a demorar tempo demais a perceber isso. É certo que o losango era, e provou-se isso, a táctica mais acertada para o clube a dada altura. Tão certo quanto isso é o facto de agora não haver as mínimas condições para continuar a apostar nesse mesmo esquema, quando não há, de todo, peças para tal.

Os reforços não se têm destacado por aí além e, pior que isso, têm sido dado constantes oportunidades a jogadores experientes e já feitos, principalmente Paredes, Farnerud e Tiago, queimando-se à primeira chance (ou mesmo sem essa...) os jovens jogadores que, naturalmente, precisarão de mais tempo para se adaptar, como tem sido o caso de Purovic, Celsinho, Rui Patrício ou Adrien Silva. A ver vamos como se seguirão os próximos episódios, num momento em que a contestação em redor da equipa técnica e corpo directivo passou das conversas de café e de internet para junto dos mesmos.

Seguem-se 3 jogos importantíssimos para o Sporting e, principalmente, para os contestados: a decisão da Taça da Liga, um jogo caseiro de vitória obrigatória, frente à Naval, para a Liga bWin e um dificílimo embate frente à Roma, que poderá alimenar o sonho da passagem à eliminatória seguinte ou hipotecar totalmente essa possibilidade.

De destacar também as equipas do Guimarães, Marítimo e Setúbal. E são de destacar pois os vimaranenses vieram da Liga Vitalis, os madeirenses ficaram num tremido 11º posto na época anterior e os sadinos num preocupante 14º, apenas um e dois pontos acima dos despromovidos Beira-Mar e Aves ,respectivamente.

No Guimarães temos de destacar bons valores, como por exemplo Geromel, Andrézinho, Fajardo, Desmarets e Miljan Mrdakovic. No Marítimo, Van der Linden, Evaldo, Olberdam, Marcinho, Kanu e Makukula. No Setúbal, principalmente Eduardo, Matheus e Cláudio Pitbull. Todos estes jogadores se têm destacado e figurado constantemente nas melhores equipas das jornadas, permitindo aumentar a qualidade do futebol português a outros campos. Se calhar, muitos deles estão já a pedir outros voos...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

AS Roma 2 - 1 Sporting CP

Sinceramente, ontem gostei do Sporting, no global.

Quando vi o sorteio, e após ver alguns jogos da Roma, não esperava uma equipa do Sporting tão personalizada e tão olhos-nos-olhos frente aos italianos. As lesões de vários jogadores importantes, como o são Aquilani, Taddei, Perrotta e, durante o jogo, Totti, condicionaram bastante o futebol da Roma mas o que é certo é que, mesmo assim, os jogadores que apresentaram são de elevadíssimo nível. No lado do Sporting, as ausências de Stojkovic e Polga seriam sempre lacunas demasiado importantes para contornar. Neste caso, penso que Paulo Bento teve duas más opções, à partida, embora compreendesse a escolha do Veloso para central, o que se provou não ser má opção de todo, ao longo do jogo.

Para este jogo, já esperava muitas dificuldades nas bolas paradas. As grandes equipas europeias são cada vez mais especialistas nestes lances e, no Sporting, parece que simplesmente se desconhece que é possível treinar e aperfeiçoar esta decisiva componente do jogo, tanto ofensiva como defensivamente. Para ajudar à festa, lá estava o Tiago, simplesmente péssimo neste tipo de jogadas. Não estranhei muito que, logo aos 15m, já a Roma tinha enviado uma bola à trave e inaugurado o marcador, exactamente em dois pontapés de canto. No golo, culpas claras para duas pessoas: quem meteu o Vukcevic, esse altíssimo jogador e especialista em jogo aéreo, a marcar o Juan e, claro, o Tiago, com uma saída, no mínimo, débil.

Poucos minutos depois, grande golo de Liedson e, em abono da verdade, grande cruzamento do Abel, essa que teima em ser uma das suas lacunas, principalmente na regularidade com que acerta. Pensei que podia ser um bom mote para a equipa se agigantar e conseguir algo mais mas nem por isso. O resto da primeira parte foi morno, sem grandes jogadas de perigo.

A segunda parte começou muito mal para o Sporting. Ataque da Roma pela direita, onde Ronny não consegue parar Cassetti. Aqui, Veloso parece ter o lance ganho mas, em vez de aliviar a bola para fora, prefere fazer uma simulação para a deixar sair pela linha de fundo... o problema é que não viu que estava lá Vucinic, que aproveitou para ficar com a bola e tentar furar pelo meio dos dois centrais leoninos. Embora a falta tenha sido completamente forçada pelo montenegrino, ao contrário da generalidade da crítica, eu acho que é penalty, pois Tonel e Veloso fazem como que uma barreira com as pernas e, se não tocam na bola, então haverá lugar à marcação de uma grande penalidade. Mancini rematou muito mal e Tiago soube segurar o empate, com uma boa defesa e bons reflexos a impedir a recarga do brasileiro.

Quando a equipa leonina se mostrava claramente como dona do meio-campo e do jogo, foi num contra-ataque que os italianos deram uma machadada fatal às aspirações do Sporting: lance individual de Vucinic e bola no fundo das redes de Tiago. Pelo meio, figura muito feia de Abel (que chegou a ter superioridade evidente no lance mas, para não deitar para canto, tentou fazer um toque mais complicado e foi batido...) e de Tonel (que se fez ao lance como um qualquer iniciado.. totalmente "à queima").

Antes do golo, e estando o Sporting em cima da Roma e com uma possibilidade história de sair de Itália com os 3 pontos, bastando um forcing final, já Paulo Bento se preparava para meter o inconsequente Paredes. Estranhei a substituição, visto que esta não fazia qualquer sentido, a não ser para a saída da Ronny, ficando com 3 defesas e com Paredes ao lado de João Moutinho. Depois do golo, a sua entrada não fazia qualquer sentido. Mesmo assim, Paulo Bento manteve a substituição e, em vez de arriscar logo e dar um sinal claro que de pretendia o empate, tira o Vukcevic (que, depois de um jogo muito fraquinho, estava a começar a aparecer...) e mete o Moutinho a interior, onde rende muito menos. Não fez sentido... Assim se viu, pois o Sporting deixou de existir no meio-campo. Eram só pontapés para a frente do Veloso.

As restantes substituições continuaram a não ter nexo algum, como tem sido apanágio em Paulo Bento, pois o Djaló, com uma 2ªparte miserável, e o Romagnoli, o melhor do Sporting até "rebentar", lá para os 65m, deveriam ter saído.

Assim não foi. Derrota normal, antes do jogo, derrota difícil de aceitar, depois dele. Perdeu-se uma oportunidade de ouro.

Agora... Venham as tão portuguesíssimas contas...
PS: Infelizmente, por razões profissionais, não poderei ver os jogos de Porto e Benfica, pelo que não poderei comentar as suas exibições. Resta-me desejar boa sorte a ambos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Real Sport Clube

Hoje farei um post diferente e, para mim, especial...

Ontem o meu irmão (Diogo Soares, 10 anitos...) recebeu a notícia de que foi um dos inscritos pelo Real Sport Clube (Massamá) para a competição de futebol sete - Escolas A. Dado que a formação é, claramente, um dos aspectos que mais me agradam no futebol, é com agrado que acompanho a sua evolução. Não só a sua mas também a do Real, clube onde estive federado durante duas épocas, as duas primeiras do clube, há 12 anos atrás. Espero um dia lá voltar, com outras funções...

Sendo assim, vou passar a incluir no meu blog alguns comentários sobre o próprio clube, visto que merece ser olhado com atenção. Este ano esteve próximo de atingir a Liga Vitalis pela primeira vez na sua história - derrota no playoff de apuramento frente ao Fátima. De facto, foi uma excelente campanha mas o Real destaca-se é pela imensa qualidade da sua formação. O caso mais mediático é, sem dúvida, Nani, cuja transferências para o Manchester United ainda rendeu ao clube de Massamá perto de 1,5M€, dinheiro esse totalmente destinado à melhoria das condições de treino do clube e, se a planificação pretendida correr de feição, à construção de um gimno-desportivo que lhe permitirá alargar horizontes para muito mais modalidades, principalmente o futsal. Mas não foi só Nani a passar por esta magnífica formação, considerada a 3ª melhor do país, atrás dos gigantes Sporting e Porto. Também por lá passaram Manuel Fernandes e Ricardo Vaz .

A transferência do jovem internacional português permitiu a José Libório, presidente do clube, arrancar com algumas obras importantes, nomeadamente a construção do quarto campo do complexo (que passará a contar com um relvado e, agora, três sintéticos para a formação), de uma bancada coberta no principal campo sintético e de um edifício de dois pisos, com novos e modernos balneários no piso de baixo e com restaurante/bar no piso de cima, com vista panorâmica para os campos. A construção deste terceiro campo permitirá ao clube aumentar, em cerca de 250 vagas, o seu já largo lote de jogadores da formação, que já ultrapassa as 600 crianças.

Este é um clube a ter em conta e, sabendo a forma como está a ser planeado o futuro, com base na formação e sem exageros megalómanos, não é complicado prever a sua presença entre os maiores clubes a curto prazo.


Quem estiver interessado em saber mais, poderá fazê-lo em: http://www.realsportclube.com

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Informaçao ou desinformaçao ?

A reabertura do mercado de transferências aproxima-se e, com ela, começam a surgir as capas de jornais a anunciar aos sete costados de que este clube está interessado neste e naquele jogador, que o outro clube vai comprar o jogador x para esta posição, etc. Hoje, seguindo esta lógica, surge a indicação de que Paulo Bento apenas pretende um ponta-de-lança, que a Fiorentina está interessada em João Moutinho, que o Benfica estará interessado em Chevantón e Soldado, que o Inter de Milão está interessado em Quaresma, que o Porto deseja Ismael Sosa, que o Chelsea quer Van der Vaart, que o Farnerud tem clubes suecos interessados, que a Juventus já assegurou Gilberto Silva, que o Man Utd, Ajax, Real Madrid e outros estão interessados numa jovem promessa montenegrina, etc..etc..etc... São imensos os casos e todos eles foram escritos só hoje.
Como tal, à medida que este período se vai aproximando, mais estas novelas que se irão passar em torno das contratações e interesses irão surgir, pelo que convém ser cauteloso no que se lê. Eu cá ainda espero pelo milagre do jornalismo sério e não-especulativo, mas até lá...

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Azerbeijão - Portugal (AA)

Lista completa de convocados:

Guarda-redes: Ricardo (Bétis, Esp) e Quim (Benfica);
Defesas: Miguel (Valência, Esp), Bosingwa e Bruno Alves (FC Porto), Paulo Ferreira e Ricardo Carvalho (Chelsea, Ing), Fernando Meira (Estugarda, Ale) e Tonel (Sporting).
Médios: Raul Meireles (FC Porto), Miguel Veloso e João Moutinho (Sporting), Maniche (Atlético de Madrid, Esp), Duda (Sevilha, Esp) e Deco (FC Barcelona, Esp).
Avançados: Cristiano Ronaldo e Nani (Manchester United, Ing), Simão (Atlético de Madrid, Esp), Ricardo Quaresma (FC Porto), Nuno Gomes (Benfica) e Hugo Almeida (Werder Bremen, Ale).

Desta lista, saiu Bosingwa lesionado e, para o seu lugar, entrou Jorge Ribeiro. Aqui começa o primeiro problema... Acho que não faz grande sentido esta escolha, ainda para mais havendo um lateral em grande forma, como é o caso do Abel. Mas enfim, tem de se entender a sua preferência de dar uma alternativa ao Paulo Ferreira, pois o Miguel estará em melhor forma de momento.

Posto isto, acho que o melhor onze para amanhã seria:


De momento, julgo que o Quim merece a titularidade. Não sei bem como o Ricardo anda por lá, os ecos que se têm ouvido não são dos melhores, mas o guarda-redes do Benfica está em grande forma e merecia esta chance. Na defesa, não deverá fugir a isto. Miguel e Paulo Ferreira apresentam-se como as melhores opções para as laterais e R. Carvalho e Bruno Alves para o meio, sem dúvidas, embora tenha gostado bastante do Meira no último jogo da Selecção, salvo erro.
No meio, Miguel Veloso merece o lugar de trinco, mas mais pela ausência do Petit do que outra coisa pois, de momento, está muito longe das excelentes prestações da época anterior. À sua frente, Scolari deverá optar pelo Deco e Maniche. Eu não sei se o faria, pois as últimas prestações do Deco pela Selecção (e digo "prestações" pois foram 3 ou 4...) rossaram o péssimo.
No ataque, optaria pelos dois jovens fantasistas nas alas e a força de Hugo Almeida no centro, embora acredite que Scolari opte por Nuno Gomes, mais experiente e por certo moralizado com os dois golos obtidos frente à União de Leiria. Também tenho gostado mais do Simão na Selecção, onde sempre me pareceu render menos do que no Benfica. O contrário se tem passado com o Quaresma, que parece que se intimida.. mas desta vez acho que apostava nele.

Vamos lá mas é ganhar. Eu não ligo muito à Selecção, confesso, mas a malta sempre se anima nas fases finais, por isso, espero que lá cheguem. É que sempre é melhor ver um Euro ou um Mundial com Portugal lá, para um gajo ir para o belo do Café Rally entreter-se com o menú do dia (cervejinha, tramoço e minuim) do que ficar por casa a ver os outros.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Jogador do mes de Setembro - bwinLiga

Classificação dos dez primeiros - Setembro 2007

1º Rui Costa, Benfica
2º Quim, Benfica
3º Lisandro López, F.C. Porto
4º Matheus, V. Setúbal
5º Anderson Polga, Sporting
6º Romagnoli, Sporting
7º Lucho Gonzalez, F.C. Porto
8º Geromel, V. Guimarães
9º Bruno, Marítimo
10º Bosingwa, F.C. Porto


Bem, não podia deixar de comentar esta tabela.

Senão, vejamos por partes:

- Rui Costa: 441 minutos, 2 golos (ambos em vitórias por 3-0), 2v 2e 1d.
- Quim: 450 minutos, 2 golo sofridos (derrota por 2-1), 2v, 2e, 1d.
- Lisandro López: 435 minutos, 6 golos marcados (5 deles que resultaram em vitórias por 1-0, 2-0 e 2-0, e outro numa vitória por 3-0), 4v, 1e, 0d.

Concordo que tenham sido estes os jogadores escolhidos. Já a ordem, teria de ser totalmente a inversa.

Lisandro López tem sido, de longe, o melhor jogador da prova. Tem assinado grandes exibições, marcado muitos golos e, com isso, trazido vitórias para o seu cada vez mais isolado e líder clube.

Quim tem estado em excelente nível e tem sido um dos salvadores deste início de época tremido do Benfica. De facto, o clube encarnado tem vencido alguns jogos mas, na maioria deles, mesmo sendo superior nos 90 minutos, deve ao ser guarda-redes muitas intervenções que poderiam trazer outros dissabores. Assim sendo, concordo com o seu lugar de destaque, assim o merece. E, para mim, merecia algo mais... Mas isso já depende do senhor Socolari.

Rui Costa está em bom plano, é um facto. A técnica, visão de jogo, qualidade de passe e, sobretudo, inteligência, estão lá todas. A frescura física que, aos 35 anos, tem vindo a demonstrar, também é de louvar. O que não acho muito bem, é todo o constante eudeusamento da comunicação social a certos jogadores, como tem acontecido com Rui Costa. Esse eudeusamento exagerado facilmente se torna em verdade absoluta e, consequentemente, na opinião global. Este prémio, no meu entender, é fruto disso mesmo.

O mal é que isto não é um caso isolado, de todo. É praticamente sempre assim e é preocupante... E têm havido imensos exemplos assim: Moutinho, Veloso, Bruno Alves, Nuno Gomes.. Ultimamente, assistiu-se ao fenómeno Miguel Vítor, um jovem central que mostrou ter alguma qualidade, é verdade, mas que, para a comunicação social, se tratava indubitavelmente do novo Beckenbauer. Estes exageros, por vezes, acabam por funcionar de forma perversa sobre os jogadores, principalmente com os mais novos. Começam a subir-lhes à cabeça demasiadas coisas e depois fica complicado atingir certos níveis de concentração competitiva. Para se provar isto, basta olhar ao caso de Miguel Veloso, que agora se nota que anda com a cabeça totalmente fora do Sporting.


Posto isto, apenas reafirmar que considero muito injusta esta decisão. Um jogador para poder vencer um prémio destes tem, realmente, de se destacar, individual e colectivamente. A parte do "colectivamente" é bastante importante pois, e apesar de este ser um prémio individual, o futebol é um jogo colectivo e esse deverá ser o seu principal aspecto a ter em conta. Sendo assim, não faz qualquer sentido não premiar um atleta que contribuiu com golos em 100% dos jogos (4) do seu clube, a contar para a principal competição interna, sendo que em 75% desses jogos (3, em 4) foi mesmo o único marcador, e logo 5 golos.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Premiership

Hoje vou falar um pouco da liga inglesa de futebol, a Barclays Premiership, provavelmente a melhor liga do Mundo.

Como sabem aqueles que me conhecem, sou um grande fã do Liverpool mas gosto essencialmente da liga em si, do seu futebol, do público, de tudo o que o envolve, já há largos anos. Como tal, esta tem sido mais uma época em que procuro acompanhar ao máximo os jogos possível. Em relação a candidatos ao título, à partida teremos os mesmos 4 que o têm sido nos últimos anos: Liverpool, Arsenal, Man Utd e Chelsea.
Analisando um a um, principalmente em relação à época transacta, pensar-se-ía que o Chelsea iria solidificar o seu estilo de jogo, com algumas compras importantes, que o Liverpool poderia ficar bem mais forte, tendo finalmente um matador e um banco com largas opções, que o Manchester iria dar continuação à grande época que realizou e que o Arsenal poderia ser a equipa em piores lençóis, pela saída do goleador máximo, capitão e principal figura, Thierry Henry, para o Barcelona.

Agora, com 9 jornadas realizadas, os cenários são bastante distintos ao previsto. Mas vamos por partes:

- Arsenal: Início de época imparável, com 17 vitórias e 1 empate em 18 jogos. De facto, só mesmo o empate fora, a uma bola, com o Blackburn não permite aos gunners ter um registo perfeito de vitórias. Com a saída de Henry, o espaço para outras figuras brilharem é maior e há quem o ande a aproveitar, sem dúvidas. Se, por um lado, um avançado que parecia não ser fora-de-série se está a afirmar como um bom goleador (Adebayor), o que é certo é que as grandes figuras desta temporada também já o eram antes... apenas não tão preponderantes: Robin van Persie e Cesc Fabregas. Tanto um como outro têm facturado bastante, principalmente o holandês. Em 7 jogos na Liga, conta já com 5 remates certeiros, enquanto que na Champions tem 2 golos em outros tantos jogos. O espanhol, no mesmo número de jogos em cada competição, tem menos um golo que van Persie em cada uma delas, ou seja, 4 na Liga e 1 na Champions.

- Chelsea: A saída de José Mourinho vem alterar toda a conjuntura do clube londrino. O treinador português era adorado pelo público e por muitos jogadores, mas suspeita-se que alguns membros do plantel se viraram contra ele e tudo fizeram para que este fosse despedido. Apesar de tudo, a equipa tem ganho, embora já se encontre a 7 pontos do líder Arsenal. O jogador em maior destaque tem sido o habitué Frank Lampard, sendo que reforço Malouda também pegou de estaca no onze titular.

- Manchester United: Apesar de ter tido um início algo tremido, com imensas más exibições que não auguravam boas perspectivas, com dois empates e uma derrota. O que é certo é que o United soube dar a volta e, embora com as tais más exibições, uma série de quatro vitórias por 1-0, a última das quais em Alvalade, foi o suficiente para fazer a equipa ganhar mais confiança. Ronaldo reapareceu, após um castigo de 3 jogos, e continua a ser a principal figura desta equipa. Na última jornada bisou, embora um dos maiores momentos tenha sido o primeiro golo de Wayne Rooney este temporada. Nani começou a época em grande, aproveitando a ausência de Rooney e Ronaldo, mas tem vindo a perder o gás e, consequentemente, minutos de jogo. Já Anderson tem vindo em percurso inverso, pois tem jogado mais e nesta última jornada já fez uma exibição que alguns companheiros elogiaram.

- Liverpool: Os Reds destacaram-se no defeso, com muitas contratações, algumas delas importantes, como os casos de Fernando Torres, Ryan Babel e Voronin. O que é certo é que já contabilizam 4 empates na Premier League e, pior que isso, uma derrota caseira na Champions, frente ao Marselha. Confesso que esperava um pouco mais desta equipa. Nos anos anteriores têm feito sempre bons jogos mas parece que falta sempre um matador a sério, alguém que "meta a bola lá dentro". Torres, com 4 golos em 8 jogos, e Voronin, com 3 golos em 7 jogos, têm sido os mais eficazes da equipa. Algo não está bem e Benitez tem de o corrigir, pois já são 6 os pontos que os separam dos gunners.

Para quem, como eu, é apreciador desta competição, e embora já parta com algum atraso, aconselho:

http://fantasy.premierleague.com/