Antes de mais, quero voltar a pedir desculpa pela demora. De facto, por motivos profissionais, o tempo tem sido totalmente escasso para actualizar o blog, situação que pretendo alterar a partir de hoje. Agradeço a quem cá continua a dar um saltinho...
Quanto a Paulo Bento, acho que começa a ter alguma culpa. Não, não desejo que seja substituído, obviamente, e muito menos o considero como único culpado...
Analisando todo o seu trabalho, então, por partes:
- A Táctica: Bem, ele lá engrenou no 4-4-2 losango e dali não sairá, a não ser para a sua forma de 3-5-2 que, claramente, pode ser caótica sem os defensores certos. Depois há coisas que me fazem confusão... Porque raio esta equipa não poderia funcionar em 4-3-3 ?! A meu ver, até é mesmo a táctica que melhor se adapta aos jogadores que temos. Se o Vukcevic por ser adaptado a interior esquerdo, posição que não tem nada a ver com a que ele devia jogar (nº10) e se o Moutinho pode ser adaptado a interior direito, esquerdo ou a número 10, quando se vê claramente que é um 6 puro, porque é que o Liedson não poderá jogar "sozinho" na frente ? Não entendo. Um dos seus melhores períodos foi com Douala ao lado, jogador esse que jogava sempre encostado à linha, ficando o Levezinho só no centro. Nota: menos
- O Onze: Após um início mau e com vários problemas para atinar, não só por alguma teimosia com alguns jogadores como também com uma aposta exagerada na rotatividade, finalmente atinou com um onze-tipo e daí tirou resultados. Em relação a esta época, a equipa parecia estar a engrenar bem. Embora não concorde com algumas opções tácticas de alguns jogadores, como por exemplo Moutinho como médio interior (para mim, é trinco por excelência, como referi) ou Romagnoli a nº10 (rendia mais na esquerda a fazer desequilíbrios nas diagonais do que numa zona onde o remate poderia ser fulcral.), compreendia-se perfeitamente o onze que começou a época como titular. O Ronny não teve concenso geral mas tem cumprido bem e com melhorias no processo defensivo, pelo que não foi má opção. Izmailov tardou a aparecer em bom plano e Vukcevic tem-se mostrado bastante bem.. Começa aqui a primeira questão. Não faz muito sentido mas enfim, ele lá saberá. Derlei estava a afirmar-se como titularíssimo mas assim impõe-se uma alternativa. Purovic ou Djaló ? Bem, eu prefiro o Purovic, de longe, embora ache que, o ideal, seria Liedson sozinho e 4-3-3... Mas isso fica para depois.
A rotatividade tinha ficado de lado. Paulo Bento falou e disse que ía começar a reaparecer. Os resultados estão à vista... Rotatividade ? Sim, sem dúvida. Mas não no onze-titular... Tem de ser feita é nas substituições, descansar os titulares se as coisas estiverem a correr bem, não pode ser assim, como ficou ontem provado. Nota: mais ou menos
- As Substituições: Aqui acho que falha bastante. Sejam tardias, sejam mal feitas, é uma lacuna que tem de rever. E este tópico mistura-se com o anterior pois, volta e meia, tem opções que influenciam a táctica de forma incompreensível. Ontem, por exemplo, não se entende a saída do Vukcevic. Passou a 2ª parte quase toda isolado na esquerda, com o Ronny, sempre de braços no ar a pedir a bola, pois todos os jogadores do meio campo tendiam a virar-se para o Abel. A indicação era para os jogadores jogarem também pela esquerda e não fazer uma substituição como que a dizer "Muito bem, assim é que é bom. Continuem a jogar só por um lado.". Nota: menos
- A Mentalidade: Acho que esta é a sua principal lacuna. Como tem sido referido, preocupa-se primeiro em não perder e, depois, em ganhar. Ora, esta ideologia até pode ser compreensível... O pior é quando é levada ao extremo. E o extremo é o medo que demonstra em jogos teoricamente maiores. Nesses, das duas uma: Ou o adversário está num dia não e temos um lance de inspiração de um ou mais atletas nossos ou a coisa corre mal... Tem sido praticamente sempre assim. O jogo do Sporting baseia-se num futebol técnico, apoiado, curto, veloz... Porque é que quando chegamos aos jogos mais importantes a estratégia é o constante pontapé para a frente para os gigantes Liedson, Derlei, Djaló, Moutinho, Izmailov ou Romagnoli ? É que dos gajos atacantes que temos, os únicos com estampa física para ganhar bolas pelo ar são o Vukcevic, pela força, e o Purovic, pela altura. Mas estes nunca jogam nesses jogos... Um porque não passa a vida a defender, o outro porque não sabe jogar em contra-ataque. E aqui começa a passagem da mentalidade de amedrontado para os jogadores.
Vencemos na Reboleira com uma equipa atacante, positiva. Vamos jogar com o ManUtd e quais as alterações ? "Epá, é melhor meter mais um médio para ajudar a defender e um gajo que não sabe parar uma bola nem ganha qualquer lance dividido mas vá, ao menos sabe correr e pode ser que ganhe a bola num pontapé pr'á frente ou num alívio...". O mesmo acontece nos jogos contra o Porto, Benfica e alguns fora teoricamente mais complicados. Os jogadores são humanos e estas coisas sentem-se, como é lógico. Nota: menos
- A Liderança: Aqui é dos melhores que passaram pelo Sporting, pelo menos desde que vejo futebol. Ora, não têm havido casos de indisciplina, a equipa não é agressiva nem vê muitos amarelos por faltas duras ou por protestos, é um facto. Os jogadores respeitam-no, também é verdade. Por aqui, tudo óptimo. Nota: mais
- A Comunicação: Tirando o facto de ter uma forma de falar extremamente irritante, que quase tira toda a vontade de o ouvir, sabe perfeitamente dirigir-se à Comunicação Social e expressar-se sobre os jogos. Evita quase sempre falar da arbitragem, sabe reconhecer os erros e sabe cascar na equipa quando sente que é necessário. Que me lembre, e isto é mesmo uma área onde as lembranças são mais vagas, a única grande falha que me lembro é a estranha falta de protecção (que, em boa verdade, nada mais seria que a verdade...) ao guarda-redes Stojkovic após o erro da equipa de arbitragem no Dragão. Nota: mais
- Os Jovens: Por ser antigo treinador dos juniores, o início da sua prestação enquanto treinador leonino pautou-se por uma aposta forte em jovens, a maioria por ele treinados no escalão inferior. Rapidamente estes se tornaram como jogadores fulcrais no plantel, principalmente Veloso e Nani, juntando-se a Moutinho. Em Janeiro voltou Pereirinha, por lá andava o Djaló. Para esta época pensava-se que poderiam despontar mais uns quantos jovens mas assim não se registou. Havia grande esperança em jovens como Daniel Carriço ou Adrien Silva... O primeiro foi emprestado, em detrimento de Paulo Renato que, nas amostras que vi, não me parece grande jogador; o segundo fez uma excelente pré-época, pensou-se (e continua-se a pensar...) que é a melhor alternativa às 5 opções primárias para o meio campo (contando com Moutinho, Veloso, Romagnoli, Izmailov e Vukcevic) mas Paulo Bento assim não acha e prefere continuar a apostar num inconsequente Farnerud, num Pereirinha que teima em não provar algo de especial e num Paredes que já nem devia constar no plantel. Nota: mais ou menos
Resultado: 2 mais, 2 mais ou menos e 3 menos.
Conclusão: De facto, é um líder. Tem um carácter muito forte e tem conseguido tirar muito dos seus jogadores. Já a nível táctico, tem imensas lacunas...
PS: Para mim, e dados os jogadores disponíveis, o onze-ideal seria:
Quanto a Paulo Bento, acho que começa a ter alguma culpa. Não, não desejo que seja substituído, obviamente, e muito menos o considero como único culpado...
Analisando todo o seu trabalho, então, por partes:
- A Táctica: Bem, ele lá engrenou no 4-4-2 losango e dali não sairá, a não ser para a sua forma de 3-5-2 que, claramente, pode ser caótica sem os defensores certos. Depois há coisas que me fazem confusão... Porque raio esta equipa não poderia funcionar em 4-3-3 ?! A meu ver, até é mesmo a táctica que melhor se adapta aos jogadores que temos. Se o Vukcevic por ser adaptado a interior esquerdo, posição que não tem nada a ver com a que ele devia jogar (nº10) e se o Moutinho pode ser adaptado a interior direito, esquerdo ou a número 10, quando se vê claramente que é um 6 puro, porque é que o Liedson não poderá jogar "sozinho" na frente ? Não entendo. Um dos seus melhores períodos foi com Douala ao lado, jogador esse que jogava sempre encostado à linha, ficando o Levezinho só no centro. Nota: menos
- O Onze: Após um início mau e com vários problemas para atinar, não só por alguma teimosia com alguns jogadores como também com uma aposta exagerada na rotatividade, finalmente atinou com um onze-tipo e daí tirou resultados. Em relação a esta época, a equipa parecia estar a engrenar bem. Embora não concorde com algumas opções tácticas de alguns jogadores, como por exemplo Moutinho como médio interior (para mim, é trinco por excelência, como referi) ou Romagnoli a nº10 (rendia mais na esquerda a fazer desequilíbrios nas diagonais do que numa zona onde o remate poderia ser fulcral.), compreendia-se perfeitamente o onze que começou a época como titular. O Ronny não teve concenso geral mas tem cumprido bem e com melhorias no processo defensivo, pelo que não foi má opção. Izmailov tardou a aparecer em bom plano e Vukcevic tem-se mostrado bastante bem.. Começa aqui a primeira questão. Não faz muito sentido mas enfim, ele lá saberá. Derlei estava a afirmar-se como titularíssimo mas assim impõe-se uma alternativa. Purovic ou Djaló ? Bem, eu prefiro o Purovic, de longe, embora ache que, o ideal, seria Liedson sozinho e 4-3-3... Mas isso fica para depois.
A rotatividade tinha ficado de lado. Paulo Bento falou e disse que ía começar a reaparecer. Os resultados estão à vista... Rotatividade ? Sim, sem dúvida. Mas não no onze-titular... Tem de ser feita é nas substituições, descansar os titulares se as coisas estiverem a correr bem, não pode ser assim, como ficou ontem provado. Nota: mais ou menos
- As Substituições: Aqui acho que falha bastante. Sejam tardias, sejam mal feitas, é uma lacuna que tem de rever. E este tópico mistura-se com o anterior pois, volta e meia, tem opções que influenciam a táctica de forma incompreensível. Ontem, por exemplo, não se entende a saída do Vukcevic. Passou a 2ª parte quase toda isolado na esquerda, com o Ronny, sempre de braços no ar a pedir a bola, pois todos os jogadores do meio campo tendiam a virar-se para o Abel. A indicação era para os jogadores jogarem também pela esquerda e não fazer uma substituição como que a dizer "Muito bem, assim é que é bom. Continuem a jogar só por um lado.". Nota: menos
- A Mentalidade: Acho que esta é a sua principal lacuna. Como tem sido referido, preocupa-se primeiro em não perder e, depois, em ganhar. Ora, esta ideologia até pode ser compreensível... O pior é quando é levada ao extremo. E o extremo é o medo que demonstra em jogos teoricamente maiores. Nesses, das duas uma: Ou o adversário está num dia não e temos um lance de inspiração de um ou mais atletas nossos ou a coisa corre mal... Tem sido praticamente sempre assim. O jogo do Sporting baseia-se num futebol técnico, apoiado, curto, veloz... Porque é que quando chegamos aos jogos mais importantes a estratégia é o constante pontapé para a frente para os gigantes Liedson, Derlei, Djaló, Moutinho, Izmailov ou Romagnoli ? É que dos gajos atacantes que temos, os únicos com estampa física para ganhar bolas pelo ar são o Vukcevic, pela força, e o Purovic, pela altura. Mas estes nunca jogam nesses jogos... Um porque não passa a vida a defender, o outro porque não sabe jogar em contra-ataque. E aqui começa a passagem da mentalidade de amedrontado para os jogadores.
Vencemos na Reboleira com uma equipa atacante, positiva. Vamos jogar com o ManUtd e quais as alterações ? "Epá, é melhor meter mais um médio para ajudar a defender e um gajo que não sabe parar uma bola nem ganha qualquer lance dividido mas vá, ao menos sabe correr e pode ser que ganhe a bola num pontapé pr'á frente ou num alívio...". O mesmo acontece nos jogos contra o Porto, Benfica e alguns fora teoricamente mais complicados. Os jogadores são humanos e estas coisas sentem-se, como é lógico. Nota: menos
- A Liderança: Aqui é dos melhores que passaram pelo Sporting, pelo menos desde que vejo futebol. Ora, não têm havido casos de indisciplina, a equipa não é agressiva nem vê muitos amarelos por faltas duras ou por protestos, é um facto. Os jogadores respeitam-no, também é verdade. Por aqui, tudo óptimo. Nota: mais
- A Comunicação: Tirando o facto de ter uma forma de falar extremamente irritante, que quase tira toda a vontade de o ouvir, sabe perfeitamente dirigir-se à Comunicação Social e expressar-se sobre os jogos. Evita quase sempre falar da arbitragem, sabe reconhecer os erros e sabe cascar na equipa quando sente que é necessário. Que me lembre, e isto é mesmo uma área onde as lembranças são mais vagas, a única grande falha que me lembro é a estranha falta de protecção (que, em boa verdade, nada mais seria que a verdade...) ao guarda-redes Stojkovic após o erro da equipa de arbitragem no Dragão. Nota: mais
- Os Jovens: Por ser antigo treinador dos juniores, o início da sua prestação enquanto treinador leonino pautou-se por uma aposta forte em jovens, a maioria por ele treinados no escalão inferior. Rapidamente estes se tornaram como jogadores fulcrais no plantel, principalmente Veloso e Nani, juntando-se a Moutinho. Em Janeiro voltou Pereirinha, por lá andava o Djaló. Para esta época pensava-se que poderiam despontar mais uns quantos jovens mas assim não se registou. Havia grande esperança em jovens como Daniel Carriço ou Adrien Silva... O primeiro foi emprestado, em detrimento de Paulo Renato que, nas amostras que vi, não me parece grande jogador; o segundo fez uma excelente pré-época, pensou-se (e continua-se a pensar...) que é a melhor alternativa às 5 opções primárias para o meio campo (contando com Moutinho, Veloso, Romagnoli, Izmailov e Vukcevic) mas Paulo Bento assim não acha e prefere continuar a apostar num inconsequente Farnerud, num Pereirinha que teima em não provar algo de especial e num Paredes que já nem devia constar no plantel. Nota: mais ou menos
Resultado: 2 mais, 2 mais ou menos e 3 menos.
Conclusão: De facto, é um líder. Tem um carácter muito forte e tem conseguido tirar muito dos seus jogadores. Já a nível táctico, tem imensas lacunas...
PS: Para mim, e dados os jogadores disponíveis, o onze-ideal seria: