
Foi um jogo complicado para a equipa verde-e-branca. O Belenenses é uma das boas equipas do nosso campeonato e provou isso mesmo no jogo desta noite. Muito sólidos a defender, voluntariosos na luta de meio-campo e bastante rápidos nas acções de contra-ataque. Foi assim que se apresentou a equipa de Jorge Jesus neste final de tarde, em Alvalade. Tal como se viu o Porto fazer nos dois recentes jogos contra o Sporting, primeiro na Supertaça, depois na 2ª jornada da Bwin Liga, Miguel Veloso mereceu destaque por parte do treinador adversário e, desta feita, foi Zé Pedro quem não descolou do médio defensivo leonino.
O Sporting não fez um bom jogo. Gostei da garra com que procuraram o golo mas faltou fio de jogo, faltou um meio-campo mais próximo, faltou a equipa mais em bloco. O que é certo é que foi um jogo em que o uso abusivo de pontapé para a frente, por parte dos defesas, foi nota dominante. Analisando individualmente:
Tal como aconteceu no Dragão, o montenegrino entrou e mudou o jogo da equipa. Rápido, com grande controlo de bola e muita força no contacto ombro-a-ombro, impôs rapidamente o seu jogo e a sua presença. É do seu pé esquerdo que sai o milimétrico cruzamento que permitiu a Liedson fazer o golo que ditou o resultado final da partida.
De facto, as prestações de Vukcevic parecem não dar alternativa a Paulo Bento que não colocá-lo como titular, pois este está num excelente momento de forma e é, sem quaisquer dúvidas, um verdadeiro reforço.
No lado do Belenenses, destaque para a excelente exibição do trinco Ruben Amorim e do lateral esquerdo Rodrigo Alvim. Penso que a equipa sentiu muito a falta do seu organizador de jogo por excelência, Zé Pedro, que hoje andou demasiado preocupado com Miguel Veloso. Na frente, nota-se que falta uma referência, alguém que consiga jogar em cunha no meio dos centrais, tal como fazia Dady a época passada.
O Sporting segue em 3º lugar, com 6 pontos, menos 3 que Porto e que o surpreendente Marítimo, enquanto que os azuis do Restelo estão numa complicadíssima e inesperada 15ª posição, com apenas 1 ponto em 3 jogos.
O Sporting não fez um bom jogo. Gostei da garra com que procuraram o golo mas faltou fio de jogo, faltou um meio-campo mais próximo, faltou a equipa mais em bloco. O que é certo é que foi um jogo em que o uso abusivo de pontapé para a frente, por parte dos defesas, foi nota dominante. Analisando individualmente:
- Stojkovic: Foi quase exagerada a forma como evitou agarrar a bola. De resto, viu uma bola embater-lhe no poste direito da baliza (remate de Ríben Amorim aos 43'), viu Zé Pedro falhar um cabeceamento já quase dentro da pequena área e teve (mais uma) falha a sair à bola num cruzamento. De resto, nada para defender.
- Abel: Subiu diversas vezes a preceito, de forma a ajudar o ataque pela sua ala, mas falhou várias vezes nos cruzamentos. De facto, tem de melhorar este capítulo pois não é a primeira vez que isso acontece.
- Tonel: Jogo sem grande trabalho, pois o seu colega de sector, Anderson Polga, esteve em grande destaque e limpou a maioria das jogadas. Acabou por ser substituído por Yannick Djaló aos 66'.
- Polga: Mais um excelente jogo do central brasileiro, sempre no sítio certo e anulando a maioria dos ataques azuis, invariavelmente com grande classe.
- Ronny: Voltei a gostar bastante dele. Seguro a defender, soube também atacar pelo seu flanco. Na retina ficaram 3 ou 4 variações de flanco efectuadas na perfeição e dois potentes remates de longe, um deles, na 2ª parte, a passar mesmo muito perto da baliza de Costinha.
- Miguel Veloso: Esta época não tem começado muito bem para o trinco leonino. O grande final de época que fez, assumindo-se como primeiro e principal lançador de ataque da equipa, faz com que os adversários comecem a tê-lo sob marcação cerrada. Hoje foi Zé Pedro quem não lhe deu um milímetro. Acabou por sair aos 56', dando o seu lugar a Vukcevic.
- João Moutinho: Tal como Veloso, não fez um bom jogo. Jogou como médio interior, descaído para a esquerda, e não conseguiu sobressair minimamente, estranhando-se até a quantidade de bolas que perdeu, seja em más recepções ou passes mal medidos. Após a entrada do montenegrino, passou para a posição 6 e, aí sim, apareceu bem melhor em jogo, anulando inúmeros ataques do Belenenses. É mesmo a posição em que gosto mais de o ver...
- Izmailov: Não começou muito bem o jogo mas foi melhorando ao longo deste, aparecendo bastantes vezes pela ala direita, em combinações com Abel ou Romagnoli, principalmente. Não teve assim nenhum lance muito vistoso, mas é um atleta que trata bem a bola e tem uma qualidade de passe acima da média. No entanto, precisa de ser bem mais acutilante ofensivamente, pois está a começar a perder o comboio para Vukcevic, no que concerne à titularidade. Cedeu o seu lugar a Djaló.
- Romagnoli: Consegue pegar no jogo, consegue transportar a bola passando por 2/3 adversários mas... não sei, parece que lhe falta a última parte. Seja o remate que quase nunca faz, seja o passe que teima em não sair bem, seja o cruzamento que tende a sair mal... Juntando a isto uma total incapacidade de ajudar a defender, graças à sua fraca força física e capacidade de pressão... Enfim, gostaria de ver na sua posição o Vukcevic, nem que fosse uns minutos apenas.
- Liedson: E o Levezinho lá resolveu ! Não fez um grande jogo. Na primeira parte, andou distante da partida e dos lances de perigo. Na segunda parte apareceu melhor, estando em evidência por três vezes: no golo, na falta que originou o penalty e na recarga do penalty. De resto, não esteve muito bem, caindo várias vezes em fora de jogo, como é seu apanágio. O que é certo é que marcou mais um golo, com um bom cabeceamento a corresponder a um centro perfeito de Vukcevic, golo esse que valeu mais 3 pontos.
- Derlei: O brasileiro voltou a estar muito bem, na minha opinião. Quando se pensava que Liedson era um caso ímpar de um avançado com tremenda capacidade de sofrimento e de pressão, eis que Derlei prova, jogo após jogo, que isso é mentira. Para mais, mostra ainda mais vontade que o compatriota, indo à luta até em lances nos quais Liedson desiste. Teve 3 grandes desmarcações na primeira parte. Nas duas primeiras, com clara vantagem para marcar, optou por assistir o companheiro de ataque e os lances perderam-se. Escaldado por essas duas opções, na terceira possibilidade, a mais complicada de obter sucesso, escolheu rematar, indo ao lado. Acabou o jogo como médio centro.
- Yannick Djaló: Entrou para o lugar de Izmailov e jogou como extremo direito. Pessoalmente, acho que é a posição onde rende mais e, numa altura difícil para a equipa, acabou por fazer umas boas arrancadas pela lateral, mas sem grande seguimento. Teve ainda tempo para desperdiçar incrivelmente o 2-0, sozinho na cara de Marco.
- Purovic: Sempre que entra, parece jogar demasiado encostado às alas. Não sei se é opção técnica, se é o jogador que tem essa tendência, mas o que é certo é que isso acontece e parece bastante contra-natura. A sua posição tem de ser de homem fixo na área, no meio dos centrais. Assim perde-se muito...
Tal como aconteceu no Dragão, o montenegrino entrou e mudou o jogo da equipa. Rápido, com grande controlo de bola e muita força no contacto ombro-a-ombro, impôs rapidamente o seu jogo e a sua presença. É do seu pé esquerdo que sai o milimétrico cruzamento que permitiu a Liedson fazer o golo que ditou o resultado final da partida.
De facto, as prestações de Vukcevic parecem não dar alternativa a Paulo Bento que não colocá-lo como titular, pois este está num excelente momento de forma e é, sem quaisquer dúvidas, um verdadeiro reforço.
No lado do Belenenses, destaque para a excelente exibição do trinco Ruben Amorim e do lateral esquerdo Rodrigo Alvim. Penso que a equipa sentiu muito a falta do seu organizador de jogo por excelência, Zé Pedro, que hoje andou demasiado preocupado com Miguel Veloso. Na frente, nota-se que falta uma referência, alguém que consiga jogar em cunha no meio dos centrais, tal como fazia Dady a época passada.
O Sporting segue em 3º lugar, com 6 pontos, menos 3 que Porto e que o surpreendente Marítimo, enquanto que os azuis do Restelo estão numa complicadíssima e inesperada 15ª posição, com apenas 1 ponto em 3 jogos.
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