quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Antevisão: F.C. Porto - Sporting C.P.



Faltam 3 dias para o grande clássico Porto - Sporting. De um lado, um Porto com o orgulho ferido após ter sido vencido pelo mesmo Sporting na recente final da Supertaça Cândido de Oliveira. De outro, um jovem conjunto leonino moralizado por duas conquistas consecutivas (a já referida Supertaça e a Taça de Portugal, frente ao Belenenses).

Os azuis-e-brancos deverão apresentar um onze todo ele proveniente da época anterior e bastante similar ao apresentado na Supertaça. As alterações deverão passar pela entrada do almirante Lucho Gonzalez e pela troca do lesionado Adriano por Postiga.
Com o argentino em campo, os azuis ganham uma capacidade muito maior de fazer a ligação entre meio-campo e ataque, ligação essa que foi bastante medíocre na Supertaça, sendo, provavelmente, o principal motivo que explica a derrota. De facto, o Porto viveu estranhamente de pontapés longos e de muito menos jogo curto e apoiado como costuma ser ser apanágio, situação essa que não se pode dissociar da ausência de Lucho do onze. Por esse motivo, Jesualdo Ferreira optou por fazer um jogo bastante mais cauteloso, dando grande atenção a Miguel Veloso, cuidadosamente vigiado por Lisandro López. No domingo, acredito que tal não acontecerá. Lisandro é um atleta de inegável qualidade, um avançado em constante alta rotação e é na frente de ataque que mais rende, pelo que acredito que será essa a sua principal função. Miguel Veloso continuará a merecer especial cuidado, visto ser o primeiro e principal municiador do ataque leonino, mas essa função deverá ser entregue a Lucho e, as espaços, quando o argentino se aventurar mais no ataque ou estiver desposicionado, ao internacional português Raul Meireles.
Em termos ofensivos, a estratégia do Porto passa muito pela qualidade técnica e velocidade de Ricardo Quaresma e pelos seus dois laterais, Bosingwa e Fucile, ambos capazes de percorrer constantemente todo o corredor sem com isso facilitar nas tarefas defensivas. Ora, com um uruguaio em excelente estado de forma, dando continuação a uma ponta final de época de alto nível e a uma excelente Copa América, e com um Quaresma num dos melhores momentos de sempre (talvez mesmo o melhor !), é na ala esquerda que os azuis têm a sua grande esperança.
Um dos aspectos curiosos desta partida será observar a prestação do quase-dispensado Postiga que, ao que parece, será o escolhido por Jesualdo para ocupar a vaga do titularíssimo Adriano, a contas com uma lesão.
Mais atrás, o tridente Bruno Alves, Pedro Emanuel e Paulo Assunção está encarregue das acções defensivas, a comando do guarda-redes Helton.


Em equipa que ganha não se mexe. Esta é uma velha máxima do futebol e, com Paulo Bento, após um período no início da época transacta em que a rotatividade era levada ao extremo, passou a ser regida como regra principal. De facto, após esse período de resultados manifestamente desanimadores para quem defendia tal estratégia, a equipa técnica do Sporting entendeu por bem dar uma estabilidade ao onze leonino, de forma a criar uma base constante, assente no 4-4-2 Losango e com um estilo de jogo ofensivo e bem demarcado.
Embora o grande caudal ofensivo leonino seja uma das suas armas, a sua maior arma é, provavelmente, a solidez defensiva que a equipa ganhou ao comando do antigo camisola 17. E os números não enganam: defesa menos batida da Europa na época transacta.
Dessa defesa, restam o líder e recentemente eleito sub-capitão Polga e o lateral Abel. Tonel, numa primeira instância, ainda fez partes das opções principais do técnico mas, graças a uma lesão e às excelentes exibições de Caneira como defesa central, viu-se relegado para o banco de suplentes no melhor período deste sector leonino. Esta época ganhou a corrida da titularidade a Gladstone e tem-se apresentado em bom plano. No lado esquerdo, Ronny deverá continuar a merecer a confiança de Paulo Bento, beneficiando do atraso de Marian Had e da lesão de Pedro Silva.
No meio-campo, o pêndulo Miguel Veloso continuará a ser figura central do jogo leonino, tanto em tarefas defensivas como ofensivas, apoiado de perto por um inesgotável Moutinho e, provavelmente, pelo herói da Supertaça, Marat Izmailov. Na função de nº10, a opção deverá recair sobre Romagnoli.
Na frente, a dupla Liedson e Derlei dará, por certo, continuidade às boas indicações que tem deixado, não só no que diz respeito a entrosamento e golos, como também na ajuda defensiva.


Acredito que será um jogo bem melhor que o da Supertaça. Acredito que hajam oportunidades para ambos os lados. E gostava de acreditar que o Sporting voltaria para Lisboa com uma vitória na bagagem mas, neste momento e neste contexto, penso que tal será difícil de alcançar. O segredo do jogo, para o lado do Porto, passará forçosamente pelo maior desequilibrador do campeonato português, Ricardo Quaresma, sendo que não poderão facilitar na marcação à irrequieta dupla de avançados leoninos. Do lado verde-e-branco, a pressão que se prevê que irão sofrer nos primeiros 20/30 minutos será enorme e, no meu entender, poderá estar aí a chave do jogo. Conseguir manter o 0-0 ou fazer um golo nesse período de tempo poderá inverter toda a tendência da partida que, como disse, julgo pender para o lado azul-e-branco.

Esperemos então que seja um bom espectáculo, dentro e fora das quatro-linhas, que seja resolvido por um dos 28 jogadores (à partida) que irão jogar, isto é, que não hajam casos de arbitragem que tanto teimam em estragar os espectáculos e a imagem do futebol português. O futebol é bonito quando o rescaldo do jogo está repleto de golos, oportunidades e dribles e é isso que espero ver nos dias que seguirão ao jogo.

Domingo, 20.45, Estádio do Dragão ou SportTv1... Imperdível !

1 comentário:

GlennisCarrollAdriene disse...

Qual Joaquim Rita, Gabriel Alves ou Luís Freitas Lobo???!!!

Tu 'tas´lá!

Boa sorte para a o teu blog, vou (sempre que o tempo me permitir) vir aqui dar uma olhadela e mandar o meu bitaite!

Continua o bom trabalho!
Abraço,
narciso