segunda-feira, 27 de agosto de 2007

O regresso de Camacho era o principal ingrediente deste primeiro jogo dos encarnados na Luz. Há muito que uma enorme falange dos associados e simpatizantes benfiquistas pediam a demissão de Fernando Santos, já desde a época anterior, mas esse cenário parecia afastado, para já, ao ser o Engenheiro a preparar toda a época e a começá-la, fazendo o jogo da 1ª mão da pré-eliminatória de entrada na Champions League e a 1ª jornada a Liga Bwin.com 2007/2008.

Com um início de época atribulado, com imensas lesões que dizimaram a quase totalidade das opções centrais para a defesa, apanhando Luisão, David Luiz e Zoro, Camacho viu-se obrigado a recorrer (de novo) a Katsouranis e, a seu lado, o ex-júnior e estreante Miguel Vítor. Inicialmente, compreendia-se algum receio no jovem internacional português mas, com o passar dos minutos, este fez calar os mais cépticos e mostrou-se em bom plano (embora longe do patamar quase lendário a que os jornalistas da Tvi o estavam constantemente a elevar...), sempre muito calmo e com enorme sangue frio. O Vitória entrou bem, tendo tido as primeiras situações de perigo, com Carlitos sempre muito activos em ambos os flancos, mas o melhor vitoriano era Fajardo, o outro ala da equipa. O Benfica não perdeu tempo para se voltar a colocar no comando da partida e, com Fábio Coentrão em evidência, aparecendo várias vezes pelo flanco esquerdo. A primeira grande oportunidade surgiu quando um passe de Rui Costa ás três tabelas apanhou Nuno Gomes isolado e este, embora desviado para a esquerda, optou por rematar com o pé esquerdo, acabando a bola por levar um natural efeito que a fez fugir da baliza, perdendo-se assim uma óptima chance. Poucos minutos depois foi a vez de Coentrão surgir isolado, também pela esquerda, mas o receio de falhar levou-o a tentar assistir Cardozo, tentativa que morreu aos pés de um defensor vitoriano. A primeira parte terminou em sobressalto para os adeptos encarnados, com Cardozo a receber assistências fora das quatro linhas, queixando-se do joelho direito após entrada viril de Danilo, embora sem falta.

Na segunda parte, começou a haver mais Benfica, principalmente através de acções do maestro Rui Costa, sendo dele a primeira oportunidade após o reatamento, com um grande pontapé de longa distância, que passou por cima da barra. O grande momento da partida surgiu aos 56', quando Oscar Cardozo, com um violento pontapé do meio da rua, de livre directo, obrigou Nilson a fazer a defesa da noite.
Aos 69' deu-se a estreia de Romeu Ribeiro, substituindo Nuno Gomes, e, um minuto depois, foi a fez de Coentrão ceder o seu lugar a Luis Filipe (que, nas costas, possuía o nome "Luis Filie"... Um gralha não muito comum a tão alto nível !). Quatro minutos após entrar, o ex-bracarense desperdiçou uma excelente oportunidade, ao não conseguir acertar com a baliza, quando Nilson estava aos papeis, totalmente perdido na grande área. Aos 81' surgiu a primeira assobiadela para Camacho. A conservadora substituição de Bergessio por Cardozo não foi do agrado dos adeptos que, como eu, acreditavam que o Benfica podia vencer o jogo. O espanhol preferiu não entrar a perder e segurar o ponto... O que é certo é que, poucos minutos depois, e não fosse uma excelente defesa de Quim e Moreno, de livre directo ainda longe da área, teria feito o golo para os visitantes. Na sequência, ainda um cruzamento perigoso de Fajardo que o tocado Andrézinho não aproveitou por pouco, com um desvio subtil.

A partida terminou com uma grande assobiadela por parte dos adeptos encarnados. Sinceramente, acho que não foi justa e, muito menos, inteligente. Nesta altura, o que a equipa menos precisava era de tamanho gestão de incompreensão e falta de paciência dos seus simpatizantes. Tal como alertou Nuno Gomes, esta pré-época não foi, nem de perto, a ideal. Uma equipa da dimensão do Benfica não pode, de forma alguma, deixar a preparação de uma época toda para a última e, muito menos, despedir um treinador após a primeira jornada. Este despedimento parece-me pouco ter a ver com a vertente desportiva. Se assim fosse, já teria acontecido há muito tempo, e não após uma pré-época em que saíram os 3 jogadores mais influentes da época anterior (Simão, Karagounis e Miccoli) e aquele que se preparava para ser um esteio da equipa da nova época (Manuel Fernandes), colmatadas com reforços bastante jovens, todos a necessitar de uma fase complicada de adaptação a esta nova realidade. Sendo assim, e dado que é mais que sabido que Fernando Santos era uma aposta de José Veiga, parece-me que este despedimento é mais uma acção de L.F.Vieira, no sentido de afirmar que quem manda no Benfica é ele. Bom, estas medidas de imposição devem ser feitas, é lógico, mas há que ter consciência das situações. O clube da Luz não é propriamente uma brincadeira de crianças e o seu presidente não pode tomar o seu cargo como motivo de afirmação pessoal. Tem sabido gerir muito bem o clube no que respeita à (re)aproximação com os adeptos, mas de resto penso que tem falhado bastante.

A questão que se coloca é a seguinte... Será que o Camacho veio a tempo de fazer a engrenar, mostrando ser a melhor solução ?

1 comentário:

Bancada Sul disse...

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